terça-feira, 2 de agosto de 2011

Currículo.



Monica Gather Thurler trabalha em pesquisas sobre a profissionalização de professores e no desenvovimento da qualidade de sistemas de ensino. É autora do livro 'Inovar no interior da escola', lançamento recente da Artmed Editora. Em sua palestra, disse que os novos objetivos de aprendizagem levam em conta o desenvolvimento de competências. "A experiência mostra que os alunos só aprendem quando enfrentam situações didáticas em que são obrigados a ultrapassar obstáculos e a construir novos saberes, consolidando suas aquisições".

Para desenvolver estratégias didáticas nesta lógica, os professores precisam conhecer os objetivos de aprendizagem e os planos de estudo, além da diversidade de situações-problema que devem construir entre si e que podem adaptar conforme a necessidade e circunstância. Segundo a pesquisadora, seria desejável também dispor de um bom conhecimento dos processos em que os alunos constroem seus saberes.

Thurler considera que a gestão dos percursos de formação por ciclos, em que todos os sistemas estão envolvidos, obriga a assumir coletivamente a responsabilidade pela progressão dos alunos. Para que isso dê certo, os professores deveriam questionar e reinventar constantemente não só as práticas pedagógicas, mas também as relações profissionais e a organização do trabalho em sua escola. "É preciso criar novos processos mais flexíveis e moduláveis que acabe com atribuição fixa das classes (de aula) para uma só pessoa; que acabe com o eu e minha classe, com a divisão tradicional do trabalho, a fim de trabalhar melhor e colocar em sinergia as competências existentes, ou seja, é preciso falar juntos e nossos alunos", explicou.

Os professores, no entendimento de Thurler, acreditam que a avaliação e o controle precedem o ensino ao invés de utilizá-los para gerenciar melhor a progressão dos alunos. "Os novos dispositivos propostos pela introdução dos ciclos praticamente proíbem a repetência e nos obrigam a desenvolver uma pedagogia diferenciada, que leve em conta as necessidades de todos os alunos, obrigando os professores a valorizarem mais os processos que os produtos da aprendizagem", frisou a pesquisadora, dizendo que há novas modalidades de controle e de feedback.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nós professores devemos nos reciclar,adaptando nossas aulas,para que possamos trabalhar em conjunto com outros colegas senão ficaremos a andar em circulos,e estaremos sempre com uma aula fragmentada.

antonio aquino

Anônimo disse...

"Questionar e reinventar não só as práticas educacionais, mas também as relações profissionais e a organização do trabalho na escola". Fazer educação não é algo parado, mas um processo que deve estar sempre sempre em constante renovação.

Fernanda Martins

Anônimo disse...

A escola esta passando por inovações e não podemos ficar de braços cruzados temos que trabalhar em conjunto. Precisamos constantemente nos reciclar proporcionar a nossos alunos práticas pedagógicas diferenciadas que tenham por objetivo a construção do conhecimento.
Eleonora Centena

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO NILZA CORRÊA PEREIRA disse...

Monica Gather Thurler "é preciso criar novos processos mais flexíveis e moduláveis que acabe com atribuição fixa das classes (de aula) para uma só pessoa; que acabe com o eu e minha classe, com a divisão tradicional do trabalho, a fim de trabalhar melhor e colocar em sinergia as competências existentes, ou seja, é preciso falar juntos e nossos alunos". A linguagem expressa a divisão que existe entre os diferentes curríulos, que não estão integrados, mesmo dentro da mesma escola. Existem mundos diferentes, construídos separadamente. Fazer com que a Escola integre todos estes processos parece ser um grande desafio.

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